Em todo o mundo, 9 em cada 10 estudantes estão temporariamente fora da escola em resposta à pandemia do novo coronavírus, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, muitas redes de ensino tendo suas aulas presenciais ainda suspensas, lançaram mão de soluções de recursos digitais de aprendizagem, inspiradas na modalidade Educação a Distância (EaD). Segundo nota Técnica publicada pela Organização Todos Pela Educação, “As redes estaduais que mais têm avançado nesse sentido, e o caminho tem sido viabilizado, principalmente, por meio da disponibilização de plataformas online, aulas ao vivo em redes sociais e envio de materiais digitais aos alunos”. Como pode ser visto no comparativo abaixo, publicado também pela Organização Todos pela Educação, em levantamento realizado com mais de três mil Secretarias de Educação de todo o País e resumido nos gráficos 1.1 e 1.2 abaixo:
Dentro de um cenário sem precedentes, o poder público tem sido cobrado a tomar decisões rápidas sobre questões inéditas. Neste sentido, entre o fazer algo (mesmo sabendo que no contexto atual nenhuma solução é perfeita nem definitiva) e não fazer nada sob a alegação que não será possível alcançar à todos, esta última opção tende a agravar ainda mais as desigualdades já causadas pela pandemia.
Diante do exposto, é fundamental que o município que pretenda avançar frente aos desafios impostos pela pandemia no cenário educacional, busque ao menos dar a oportunidade aos seus docentes de avançar com urgência na inclusão e na transformação digital, como forma de promover o desenvolvimento com igualdade e sustentabilidade ambiental.
“Hoje nenhuma sociedade pode alcançar o desenvolvimento se estiver à margem da tecnologia digital, por isso deve estar ao alcance de todos, sem exclusão de qualquer tipo. Ninguém pode ficar para trás”. Lenín Moreno, Pres. do Equador – VII Conferência Ministerial sobre a Sociedade da Informação da América Latina e do Caribe. (Nov/2020).